sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Diagnóstico aponta dados sobre violações de Direitos com Crianças e Adolescentes

Participaram do evento representantes do Sistema de Garantia de Direitos, do poder público e organizações da sociedade civil


Representantes do Sistema de Garantia de Direitos, do poder público e organizações da sociedade civil participaram do lançamento do “Diagnóstico da situação de crianças e adolescentes no município de Campina Grande – PB”, realizado na última quarta-feira (22), de forma semipresencial. O evento foi promovido pela Ong Essor - Associação de solidariedade internacional e pelo Conselho Municipal de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA) de Campina Grande, com apoio do Itaú Social.

A mediadora e integrante da Essor no Brasil, Roberta Chaves, deu as boas-vindas aos convidados e participantes virtuais que acompanharam a Live via Youtube. “Esse diagnóstico foi construído por muitas mãos comprometidas com a causa da infância e do adolescente”, afirmou a mediadora. Em seguida, o coordenador da Essor no Brasil, Frédéric Barbotin, falou sobre o processo de construção do Diagnóstico em parceria com o CMDDCA. “A Essor trabalha com crianças, adolescentes e jovens desde 2017 em comunidades de Campina Grande, e se envolveu com a Secretaria de Ação Social durante o São João, com apoio da OIT, e junto com o CMDDCA se despertou a necessidade de consolidar os dados sobre a criança e adolescente. A gente viu que tinha muitos problemas e isso atrapalha também a questão de elaboração dos planos”, afirmou Frédéric.

Viviane Machado, Assistente Social, e Joyce Gomes, Mestranda em Ciências Jurídicas, da equipe Essor no Brasil, realizaram a apresentação do Diagnóstico. “O diagnóstico foi um dos resultados do Projeto Empoderar, apresentado ao Itaú Social no ano de 2019 e tem o objetivo de identificar as principais violações de direitos da criança e do adolescente no município, numa perspectiva de consolidar os planos municipais de enfrentamento ao trabalho infantil, exploração sexual e convivência familiar e contribuir para a consolidação dos processos de monitoramento e avaliação do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescentes”, afirmou Viviane Machado.

Joyce Gomes apresentou as duas fases do Diagnóstico. A primeira fase, de cunho quantitativa, com dados do Disque 100, disque 123, relatórios de Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Conselhos Tutelares e a segunda fase qualitativa, a partir dos diálogos com Conselheiros Tutelares, profissionais do CREAS, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Unidade Básica de Saúde (UBS), escolas. “Inicialmente a gente coletou esses dados qualitativos e identificou que campina Grande, a partir do CREAS, do disque 100 e disque 123, traz cinco violações como prioridades. E são justamente essas cinco: negligência em primeiro lugar, violência física, sexual, psicológica e trabalho infantil”, ressaltou Joyce sobre o abuso sexual, as falas dos atores no município certificam os dados gerais, mas apresentam problemas principalmente na identificação, encaminhamentos e resolução dos casos.

O secretário do CMDDCA/CG, Paulo Neto, parabenizou o trabalho e reforçou sobre a dificuldade da coleta de dados e da importância da circulação das informações nas esferas de atendimento as crianças e adolescentes. “A dificuldade de nós termos um fluxo de atendimento uniforme, onde a criança que é atendida pelos conselhos tutelares, ela vai ser igualmente atendida lá na saúde. Se nós temos 181 violações físicas de crianças e adolescentes colhidas no conselho tutelar em 2019 e zero na saúde, então é extremamente preocupante. Não apenas o fato de a criança ter sido violada, mas de não estar circulando em todas as esferas os dados importantes que precisam ser repassados”, argumentou Paulo Neto.

Finalizando o primeiro bloco, o jovem Yuri Ruan e o educador Aziel Lima da Associação raízes da cultura (Assorac) apresentaram um cordel sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Os convidados e convidadas para debater sobre o diagnóstico foram: Perilo Rodrigues Lucena, juiz da vara e da infância de Campina Grande; Renata Andrade, coordenadora do CMDDCA/CG; Jamil José Camilo, presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes da Paraíba (CEDCA) e Uelma Alexandre, da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) de Campina Grande. Também estiveram presentes Valker Neves, Secretário da SEMAS; a vereadora Jô Oliveira (Pc do B) e Raquel Freitas, representante do Itaú Social, de forma remota.

“Essa ferramenta é muito importante, junto com o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, do Justiça em Números para a avaliação e feedback na reorganização e melhoria de aperfeiçoamento contínuo da atuação em toda rede, e nesse específico, do poder judiciário, sempre visando o bem comum”, afirmou o Juiz que participou do lançamento de forma remota.

Segundo Jamil José Camilo, do CEDCA, o diagnóstico aponta as necessidades de investimento do recurso público em três grandes pilares: a saúde, a assistência social e a educação, reforçando também a importância dos Conselhos. “Os conselhos são órgãos de controle social que muitas vezes não são respeitados e estão fragilizados e é necessário que se tenha a participação da sociedade civil como agente de contribuição”, disse.

Durante o lançamento foram apresentados vídeos sobre a Essor sobre o Enfretamento ao Abuso e a Exploração Sexual. A transmissão, que contou com tradução em libras, está disponível no Youtube da Essor no Brasil. O diagnóstico será lançado em breve e divulgado nas redes da organização.





*O evento produzido pela Agência Daqui de Fora - Comunicação e Criatividade 

 

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Diagnóstico sobre violações de direitos de crianças e adolescentes é lançado em Campina Grande – PB


Na próxima quarta-feira (22), será realizado o lançamento do “Diagnóstico da Situação de Crianças e Adolescentes no Município De Campina Grande – PB”, promovido pela Ong ESSOR -Associação de Solidariedade Internacional e pelo Conselho Municipal de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDDCA)de Campina Grande, com apoio do Itaú Social. O evento acontecerá de forma semipresencial, às 15h, com transmissão via Youtube, Facebook e Instagram da ONG ESSOR no Brasil. 

Participarão do evento Perilo Rodrigues Lucena, Juiz da Vara e da Infância de Campina Grande; Juliana Couto Sarda, da Promotoria de Justiça da Criança e do Adolescente de Campina Grande; Valker Neves, Secretário Municipal de Assistência Social (SEMAS) de Campina Grande; Renata Andrade, Coordenadora do CMDDCA/CG; Jamil José Camilo, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes da Paraíba e Raquel Freitas, representante do Itaú Social. O evento também contará com a participação de assistentes sociais, conselheiros de direitos do poder público e da sociedade civil, representantes do Fórum Estadual de Defesa do Dos Direitos da Criança e do Adolescente da Borborema - PB, conselheiros tutelares, profissionais da educação, da saúde e da assistência social e participantes virtuais dos seis países em que a ESSOR atua: França, Moçambique, Guiné Bissau, Chade, Congo e Brasil. A transmissão contará com tradução em libras.

O Diagnóstico é resultado das ações do Projeto Empoderar, desenvolvido pela ESSOR entre 2020 e 2021, e tem como objetivo mapear violações de direitos de crianças e adolescentes no município de Campina Grande. Foram feitos levantamentos de dados estatísticos nos eixos de saúde, educação, trabalho infantil, criança em situação de rua, entre outros, a partir de fontes oficiais desses indicadores. E ainda uma pesquisa de campo, com dados qualitativos, com os serviços que integram a Rede de Proteção de Crianças e Adolescentes. “Esses dados servem para que a gente tenha um raio x da situação em que vivem crianças e adolescentes aqui no município, nos 08 bairros da zona leste, Pedregal e São José da Mata, para que toda essa rede de proteção, atores governamentais e não governamentais possam olhar para essa realidade e pensar em como minimizar essas violações”, afirmou Viviane Machado, assistente pedagógica da ESSOR no Brasil.  

Em 1990, a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)regulamentou o artigo 227 da Constituição Federal, instituindo uma nova doutrina de proteção à infância e garantia de direitos. Após mais de 30 anos do ECA, os dados de violações de direitos ainda são alarmantes. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referentes a 2019, 1.768.476 crianças e adolescentes continuam expostos à violação no Brasil.  

Na Paraíba, registros da Secretaria de Estado da Saúde, em 2019, notificaram 1.651 casos de violência doméstica, sexual, entre outras violências em crianças e adolescentes. Em Campina Grande, de acordo com dados do Diagnóstico, foram realizados 1.026 atendimentos, dos quais 53% foram direcionados a crianças e adolescentes em situação de violação de direitos, totalizando 627 violações.

A Paraíba conta com instituições de acolhimento, espaços para efetivação das medidas de proteção à criança e ao adolescente, sempre que os direitos reconhecidos no ECA forem ameaçados de violação por parte de ações ou omissões da família, sociedade e Estado. Denúncias anônimas podem ser realizadas pelo disque 100, disque 123 dos direitos humanos ou entrando em contato com o Conselho Tutelar, Delegacia Regional do Trabalho ou com as secretarias de assistência social dos municípios.  

O Projeto Empoderar, desenvolvido pela ESSOR, através do CMDDCA e apoio do Itaú Social e Agência Francesa de Desenvolvimento, teve como objetivo consolidar o processo de monitoramento e avaliação do Sistema de Garantia dos direitos da Criança e Adolescente no Município e os planos de enfrentamento às violações dos direitos deste público a partir desse diagnóstico. 

sexta-feira, 20 de agosto de 2021

ESSOR participa da Semana Nacional da Aprendizagem Profissional


No dia 17 de agosto, a ESSOR participou da Semana Nacional da Aprendizagem Profissional, através do painel que apresentou a experiência de Implementação de Aprendizagem Profissional nas Unidades de Internação do Sistema Socioeducativo, nos municípios de João Pessoa e Lagoa Seca.  A exposição foi feita por representantes do FEAP/PB - Fórum Estadual de Aprendizagem Profissional da Paraíba e contou com mediação de Danielli Lopes Fernandes, Coordenadora de Formação e Inserção Profissional da ESSOR no BRASIL.

"Evidenciamos a necessidade de promover a autonomia e emancipação social e econômica das juventudes de famílias vulneráveis, em especial das mulheres, contribuindo assim para o enfrentamento das desigualdades sociais e discriminação de gênero, raça e etnia, para construção de uma sociedade mais justa e solidária. É nessa perspectiva, que a ESSOR BRASIL, articulada com redes de atores do poder público, setor privado, organizações da sociedade civil, fóruns municipais, estaduais e nacionais, ao longo destes 30 anos de atuação, identificou e implementou estratégias contextualizadas e participativa para enfrentamento e resolução das problemáticas sociais das famílias e grupos mais vulneráveis. 

O programa de Formação e Inserção Profissional, articulado junto a Rede Ser Tão Paraibano/a, visa garantir o acesso a oportunidades de trabalho e renda decentes, despertar as competências sociais e emocionais e promover o exercício responsável da cidadania de jovens de famílias em situação de vulnerabilidade no Brasil. 

A Semana Nacional de Aprendizagem Profissional está proporcionando uma reflexão e sensibilização significativa para necessidade e importância de se investir e gerar oportunidades qualificadas, sustentáveis e socialmente responsáveis para o desenvolvimento dos jovens e, em especial, dos que estão em vulnerabilidade e vítimas de descriminação social."- Danielli Lopes Fernandes / Coordenadora de Formação e Inserção Profissional da ESSOR no BRASIL.

A Semana Nacional de Aprendizagem profissional está sendo transmitida pelo canal no YouTube Fóruns de Aprendizagem Profissional Brasil através do link: https://bit.ly/3A8BvpR

quarta-feira, 3 de março de 2021

Rede Ser Tão Paraibano/a desenvolve ações de enfrentamento à pandemia na Paraíba

Geração de trabalho e renda para a população vulnerável foi o foco da organização durante a pandemia

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |

Doação de cestas básicas - Comunidade Quilombolas - Patos - PB 
Foto: Arquivo - Foto

“Antes da pandemia o negócio já era difícil, depois da pandemia piorou mais ainda. Na minha casa são oito pessoas pra sustentar só com reciclagem e uma bolsa família de 200 reais, aí veio a pandemia e só piorou a situação”, conta Kelly França de Lima, 31 anos, catadora de materiais recicláveis na comunidade Pedregal, Campina Grande.

Doação de cestas básicas - Comunidade Pedregal - Campina Grande - PB / 
Foto: Arquivo

“Com as coisas tudo caras não tenho condição financeira de me alimentar direito, e graças as cestas básicas vindas da ESSOR ajudou e muito a situação. Foi uma ajuda boa, por que a gente anda pra todo canto e as portas fechadas, sem oportunidade e uma ação desse tipo não tinha acontecido no Pedregal. Foi muito boa pra comunidade. Espero que continue ajudando a quem precisa.” 
Geração de trabalho e renda para a população e grupos socialmente vulneráveis durante a pandemia foi o foco principal da organização Rede Ser Tão Paraibano/a.

Entrega da certificação do curso de Photoshop - Comunidade Ilha do Bispo - João Pessoa - PB / Foto: Arquivo

Atuando na Paraíba desde 2009, a partir do envolvimento coletivo de organizações da sociedade civil, a Rede está presente nos municípios de Campina Grande, João Pessoa, Patos e Pombal, através  das organizações Amazona (Associação de Prevenção à AIDS), ESSOR (Associação de Solidariedade Internacional), ARCA (Associação Recreativa Cultural e Artística), CENTRAC  (Centro de Ação Cultural), ASPD (Ação Social Diocesana de Patos), CEMAR (Centro de Educação Integral Margarida Pereira da Silva) e Centro Semear.



Campanha Educativa de Prevenção a Covid-19 - Comunidade Pedregal - Campina Grande /
Foto: Arquivo


Com a chegada da pandemia da Covid-19 e as medidas de isolamento social intensificaram as demandas que os grupos vulneráveis do estado já tinham, seja no campo econômico, na saúde, educação, mobilidade e segurança alimentar. 

As comunidades de áreas periféricas são as mais afetadas pelo vírus, o que provocou ações desenvolvidas por organizações da sociedade civil no combate à pandemia.

Durante o surto, a rede conseguiu ampliar-se para 57 municípios, atendendo a 141 comunidades de todo o estado, diretamente.

Acompanhamento de jovens inseridos no curso de Informática - - Comunidade Ilha do Bispo - João Pessoa - PB / Foto: Arquivo

Além da disseminação de informações seguras sobre a covid-19 através de campanhas educativas, a Rede mobilizou e mediou a distribuição de cestas básicas para 4.501 famílias, kits de higiene para 2.022 famílias, distribuição de kits de proteção individual para trabalhadores/as da reciclagem e acompanhamento e apoio a comunidades tradicionais quilombolas, ciganas e povos de terreiro.

“As ações da ESSOR contribuíram para ajudar as pessoas a se conscientizarem, porque no começo as pessoas não estavam acreditando muito na pandemia e com a evolução do projeto começou a conscientização na comunidade." - José Jonatha Ferreira Souza, 23 anos, beneficiário das ações de formação e inserção profissional - ESSOR Brasil, na comunidade Pedregal, Campina Grande-PB.

Campanha Educativa de Prevenção a Covid-19 - Comunidade Pedregal - Campina Grande / Foto: Arquivo

Cerca de 2.436 adolescentes e jovens receberam orientação social e profissional sobre empregabilidade, empreendedorismo social e gênero através da criação de grupos temáticos nas redes sociais, realização de oficinas virtuais com temáticas culturais, além de atendimento presencial com agendamento - seguindo todas as medidas de segurança.

Em 2020, por meio de uma indicação da Escola Alírio Meira Wanderley, a filha de José Leite Amaral começou a participar do Percurso Cidadão. 


Doação de cestas básicas -  Comunidade Ilha do Bispo – João Pessoa - PB / 
Foto: Arquivo

“Nesta pandemia fiquei desempregado e sem condições de sustentar minha família e o Centro Semear vem buscando parcerias e ajudando a amenizar os impactos da pandemia na comunidade e no município. Somos muito gratos”, destaca Seu José, cuja família é atendida pelo Centro Semear, no município de Patos - PB.

Graças a parcerias com empresas e Centros de Formação Profissional, foi possível a melhoria nas condições de vida de muitas famílias: qualificação de 267 jovens e a inserção de 139 no mundo do trabalho, formal ou informal.

Doação de cestas básicas - Comunidade Pedregal - Campina Grande / Foto: Arquivo

Frédéric Barbotin, Coordenador Geral da ESSOR no Brasil, ressalta a importância do projeto coletivo: “Há mais de 10 anos, quando se idealizou a RSTP, não se imaginava que esse coletivo constituído de maneira voluntária e informal, se tornaria esse espaço coletivo de construção de alternativas dignas de geração de trabalho e renda para as principais vítimas das desigualdades sociais. O Capital consolidado possibilitou identificar e implementar estratégias sustentáveis e contextualizadas de trabalho e renda para as camadas mais vulneráveis, sendo partilhadas até na África. Em 2020, esse coletivo conseguiu mobilizar atores públicos e privados para juntos poder atenuar o flagelo imposto pela Pandemia na Paraíba nas famílias mais afetadas por ela e pela pobreza”. 




As articulações e parcerias foram muitas: através dos CMDCA’s, CMAS, articulações junto ao Governo do Estado da Paraíba, através das Secretaria da Mulher e Diversidade Humana da Paraíba, Secretaria de Desenvolvimento Social de João Pessoa, Balcão de Alimentos da PMJP e Secretaria de Assistência Social de Campina Grande; 

Acesso e desenvolvimento de projetos emergenciais propiciados pelo Fundo Baobá, FIOCRUZ, Fundação Banco do Brasil, UNESCO, ENERGISA, Casa Pequeno Davi, Visão Mundial, Mesa Brasil - SESC e Igreja Presbiteriana Independente do Brasil; bem como através do monitoramento de iniciativas locais para somar aos esforços de superação da pandemia e todo o seu desastroso impacto. 

Edição: Maria Franco

|Matéria Veiculada pelo Jornal Brasil de Fato - Paraíba, no dia 25 de Fevereiro de 2021|